A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) foi palco de uma controvérsia na última quinta-feira (17), durante o evento "Gênero para além das fronteiras: tendências contemporâneas na América Latina e no Sul Global". A cantora, escritora e ativista LGBT, Tertuliana Lustosa realizou uma performance considerada erótica, onde mostrou as nádegas.
O evento é parte de uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (GAEP/CNPq), coordenado pela professora Dra. Ana Caroline Amorim Oliveira. O objetivo era reunir acadêmicos e ativistas de várias vertentes para discutir o gênero e suas interseccionalidades, promovendo um espaço de trocas acadêmicas e reflexões sobre as dissidências de gênero a partir da perspectiva do Sul Global.
Tertuliana Lustosa, natural de Corrente, no Piauí, e criada em Salvador, se destacou com uma performance que mistura música e ativismo. Graduada em História da Arte pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a multiartista faz parte da banda "A Travestis", grupo de pagode que aborda temas ligados à comunidade LGBTQI+.
A reação do público foi diversa: enquanto alguns aplaudiram a coragem e ousadia da performance, outros consideraram o ato inadequado para o ambiente acadêmico. "A performance foi um ato político, uma forma de reivindicação do corpo e da liberdade sexual. É uma mensagem que ultrapassa os limites da arte e questiona as imposições sociais sobre o corpo LGBTQI+", defendeu um dos espectadores presentes. Por outro lado, houve quem criticasse a apresentação por "fugir ao objetivo do evento e desviar o foco do debate acadêmico".
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