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O erro de Alexandre de Moraes que vai custar muito caro ao STF

O jornalista questiona se o Supremo desconhece essa norma, uma vez que o estado clínico de Bolsonaro era amplamente conhecido.

Redação
Por: Redação
25/04/2025 às 10h47
O erro de Alexandre de Moraes que vai custar muito caro ao STF
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Matéria do jornalista Matheus Leitão, publicada na VEJA, aponta que a intimação de Jair Bolsonaro em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após passar por sua sétima cirurgia em decorrência da facada que sofreu na campanha presidencial de 2018, figura como um dos atos mais abjetos praticados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos últimos anos.

Matheus Leitão, que cobre o STF há anos diretamente de Brasília, afirma que não se recorda de algo tão indigno na história recente da Corte. Para o jornalista da VEJA, trata-se de uma decisão pouco inteligente, principalmente no contexto do julgamento mais importante da trajetória do Supremo: o processo que trata da tentativa de golpe de Estado que quase eliminou o estado democrático de direito no Brasil e que envolve diretamente o ex-presidente, antigos ministros e membros das Forças Armadas.

Na avaliação do jornalista da VEJA, o gesto foi tão desastroso que o próprio STF precisou divulgar uma nota explicando por que autorizou a intimação de Bolsonaro no hospital, enquanto ele estava convalescendo de uma cirurgia considerada extensa e de grande porte. A Corte justificou a ação com base no fato de o ex-presidente ter feito uma live no dia anterior — também no hospital — para divulgar uma empresa da qual ele e os filhos são sócios.

A matéria de Matheus Leitão aponta, no entanto, que a explicação não se sustenta frente à legislação vigente. O Código de Processo Penal veda a citação de pessoas em estado grave de saúde. O jornalista questiona se o Supremo desconhece essa norma, uma vez que o estado clínico de Bolsonaro era amplamente conhecido.

O texto também destaca que, ao agir dessa forma, o STF alimenta a principal estratégia de Bolsonaro e de seus aliados: fortalecer a narrativa do vitimismo e da perseguição política, especialmente diante de seu eleitorado mais fiel e, eventualmente, até furando a bolha da extrema direita. Matheus Leitão afirma que não se trata de um julgamento político — e que há farta documentação e provas no processo — mas pontua que o estrago à imagem da Justiça já está feito.

Ainda segundo o jornalista da VEJA, essa movimentação do STF foi processualmente desnecessária e politicamente equivocada, pois acaba servindo de munição para os discursos bolsonaristas e fragiliza a própria imagem da Corte. O tribunal, que foi atacado violentamente em 8 de janeiro de 2023, deveria zelar por sua integridade institucional, diz Leitão.

Ele ainda compara a atual pressa do STF com a celeridade vista no julgamento de Lula na Lava Jato, quando o então ex-presidente foi condenado em oito meses, tempo inferior ao padrão dos processos similares, que levam em média 14 meses. Para Matheus Leitão, esse tipo de atropelo jurídico pode acabar se tornando o principal trunfo político de Bolsonaro.

Matheus Leitão pergunta qual seria o problema em esperar alguns dias para entregar a intimação em condições médicas e jurídicas mais adequadas? O custo da pressa, conclui ele, pode ser alto demais para a própria Justiça brasileira.

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