A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio de seu Núcleo Geoambiental, publicou o Boletim Climático referente aos meses de março a maio de 2025, oferecendo previsões para a região Nordeste. De acordo com as informações, São Luís se destaca como a capital com a maior quantidade de chuvas previstas, com totais que podem superar os 1.190 mm no período. A matéria é do jornalista Jornal Pequeno.
De acordo com o boletim, o norte do Maranhão e o extremo noroeste do Piauí deverão registrar precipitações acima da média histórica no trimestre. Esse período é crucial para o regime hídrico da região, sendo responsável por mais de 50% das chuvas anuais em várias localidades, como o centro-oeste do Rio Grande do Norte e o noroeste da Paraíba.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), as capitais Fortaleza (CE) e São Luís (MA) devem concentrar os maiores volumes de chuva do Nordeste, com acumulados de 950,9 mm e 1.192,2 mm, respectivamente.
Enquanto isso, as chuvas nas regiões central do Maranhão, Piauí e o Recôncavo Baiano devem se manter dentro da média. Já em partes da Bahia, Alagoas, Sergipe e Pernambuco, as precipitações podem ficar abaixo do esperado.
Regiões do noroeste do Maranhão são conhecidas por registrar os maiores volumes de chuva, com totais que podem superar os 1.200 mm no trimestre. Em contraste, áreas semiáridas da Bahia, como Irecê e Carinhanha, costumam apresentar os menores índices pluviométricos.
No semiárido nordestino, cidades como Pão de Açúcar (AL) e Piranhas (AL) devem experimentar temperaturas elevadas, com máximas de até 34°C.
O boletim também aponta que as temperaturas no Nordeste devem ficar acima da média histórica nos próximos meses. No interior da Bahia, Piauí e Pernambuco, os termômetros poderão alcançar os 34°C, evidenciando a tendência de calor intenso na região.
As condições atmosféricas e oceânicas indicam que o fenômeno La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, pode afetar o clima da região nordeste. Além disso, existe uma probabilidade entre 50% e 64% de que o fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) se estabeleça entre março e maio de 2025, o que pode alterar os padrões de precipitação e temperatura nos estados da região.