Simplício Araújo, ex-secretário de Indústria, Comércio e Energia do Maranhão, propôs a criação de uma indenização mensal para todos os moradores das cidades impactadas pela queda da ponte entre Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins. A informação foi divulgada pelo jornalista maranhense Leandro Miranda.
A proposta foi discutida em reunião com o advogado Marlon Reis, autor da Lei da Ficha Limpa e responsável por uma ação judicial que já contempla indenizações para associações comerciais e entidades da sociedade civil prejudicadas pelo desabamento. Segundo Leandro Miranda, a ação judicial, liderada pelo escritório Marlon Reis e Associados, reúne oito pedidos de urgência e pode totalizar indenizações acima de R$ 600 milhões. Após a reunião, a ação foi ampliada para incluir o apoio financeiro direto às pessoas afetadas.
Simplício Araújo apresentou estudos que indicam que mais de 70% da população da região depende de atividades informais, como pequenos negócios, serviços de borracharia e vendas ambulantes. No entanto, essas pessoas, sem registros formais como empresas ou MEIs, enfrentam dificuldades para comprovar suas perdas econômicas. Ainda conforme os dados divulgados por Leandro Miranda, o número de beneficiários do Bolsa Família na região chega a ser cem vezes maior que o de empresas registradas, evidenciando a vulnerabilidade social das comunidades afetadas.
Muitas famílias, que complementavam sua renda com trabalhos informais, agora enfrentam uma grave crise econômica devido aos impactos causados pela queda da ponte. Simplício destacou que a situação vai além da economia, afetando também as condições básicas de sobrevivência da população local, que enfrenta obstáculos para acessar alimentação, saúde e compromissos financeiros.
A proposta debatida na reunião sugere que as indenizações mensais sejam pagas até que a ponte seja reconstruída, assegurando um mínimo de dignidade às famílias atingidas. De acordo com informações detalhadas por Leandro Miranda, a medida tem como objetivo mitigar os danos sociais e econômicos, oferecendo suporte direto às pessoas em extrema vulnerabilidade.