O talento e a dedicação de estudantes maranhenses foram reconhecidos em nível nacional, garantindo a eles o ingresso em universidades públicas através das chamadas acadêmicas por vagas olímpicas. A modalidade de acesso permite com que medalhistas em competições olímpicas de conhecimento - nacionais ou internacionais - ingressem em instituições de ensino superior sem a obrigatoriedade de vestibulares tradicionais ou do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Quatro estudantes do Centro Educa Mais Poeta Antônio José, em Santa Inês, estão entre os aprovados na chamada 2025 da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), classificados conforme a pontuação obtida na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) - Modalidade Teórica e na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC).
Thiago Martins e Sarah Feitosa da Silva conquistaram medalha de ouro na OBR e foram selecionados, respectivamente, para os cursos de Engenharia Mecânica e o curso 51 - quando o aluno, já na faculdade, tem a possibilidade de optar por Engenharia Física; Física; Física Médica; Física Biomédica; Matemática; Matemática Aplicada e Computacional. As medalhistas de prata, Fernanda Miranda Brito e Ana Paula Oliveira Prudêncio, ingressarão em Sistemas da Informação e Estatística, na instituição.
Outra conquista importante veio com o estudante santa-inesense Francisco Neres, que recebeu medalha de ouro na Olimpíada Nacional de Ciências, e terá a oportunidade de cursar enfermagem na UFMS.
A secretária de Estado da Educação, Jandira Dias, celebrou a vitória dos estudantes e destacou a importância do investimento contínuo na educação maranhense. "O sucesso desses jovens é motivo de orgulho para todo o Maranhão e demonstra o impacto positivo do ensino de qualidade aliado ao incentivo à pesquisa e à inovação. Nossa rede estadual tem se empenhado para oferecer oportunidades que permitam aos estudantes desenvolverem seu potencial ao máximo, e os resultados refletem esse compromisso."
O ingresso de estudantes maranhenses no ensino superior por meio de medalhas em olimpíadas científicas e de robótica evidencia o papel da educação em tempo integral na formação de jovens talentos. Com uma abordagem que alia ensino teórico, prática e estímulo à inovação, as escolas maranhenses têm se destacado na preparação de alunos para desafios acadêmicos de alto nível. O secretário adjunto de Educação Profissional e Integral, Delmar Matias, destacou que o avanço é uma conquista da implementação da Educação de Tempo Integral.
“Certamente, estamos acompanhando o impacto transformador da Educação em Tempo Integral e do incentivo às olimpíadas científicas nas nossas escolas. Esse resultado reafirma nosso compromisso em oferecer uma formação que vá além da sala de aula, preparando nossos jovens para desafios acadêmicos e profissionais com excelência", destacou.
Anualmente, universidades como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) reservam vagas para estudantes do Ensino Médio que se destacaram em olimpíadas, conquistando boas classificações.
Do lugar mais alto do pódio até a universidade
Prática adotada recentemente on Brasil, diferente dos vestibulares tradicionais e do Enem, as vagas olímpicas são uma forma alternativa de ingresso em universidades públicas brasileiras. Essa modalidade reconhece o desempenho acadêmico de estudantes em competições científicas e tecnológicas, com base em sistema de pontuação, previsto em edital, que considera os tipos de medalhas conquistadas pelos candidatos - que devem apresentar histórico escolar do Ensino Médio e documento comprobatórios da premiação.
A iniciativa busca valorizar jovens talentos e incentivar a participação em olimpíadas do conhecimento, proporcionando oportunidades para que estudantes com alto desempenho acadêmico tenham acesso ao ensino superior em algumas das melhores instituições do país. Na vanguarda em oferta de vagas olímpicas em 2025, a Unesp ofereceu 449 vagas, a USP 219 vagas e a Unicamp, 131 vagas, distribuídas conforme o curso e a demanda.
As conquistas dos estudantes maranhenses refletem não apenas o esforço individual de cada um, mas também o impacto positivo das políticas educacionais voltadas para a ciência, tecnologia e inovação no estado.