Com a trégua das chuvas, moradores permanecem nas suas casas após alagamentos que atingiram o município de Barreirinhas, a 260 km de São Luís. Segundo a Defesa Civil, cerca de 450 famílias foram afetadas na região.
Apesar do volume da água ter baixado, o município ainda sofre com as consequências das chuvas.De acordo com os moradores, pelo menos 15 bairros ainda estão sendo afetados devido às últimas chuvas na região.
O nível da água chegou a mais de um metro, invadindo praticamente todas as casas dos mais afetados. Até mesmo uma escola suspendeu as aulas e está fechada devido ao alagamento.
Na casa da lavradora Maria José ainda estão as marcas do alagamento. Ela conta que chegou a perder móveis e eletrodomésticos por causa da água. "Eu perdi uma cama, perdi um guarda-roupa, perdi um rack. A minha casa está cheia de lama", disse a moradora.
Para outro morador, o problema maior é a falta de drenagem do local e a falta de atenção das autoridades. "Estamos passando por uma situação de calamidade. Infelizmente, falta drenagem, falta atenção e competência das pessoas que têm o poder de fazer alguma coisa dentro da cidade", afirmou Rogério Carvalho, técnico de segurança, que também está com a casa alagada.
O Secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos de Barreirinhas, Jorcelan Pereira, reconheceu os desafios enfrentados devido aos alagamentos na cidade decorrentes das chuvas. "Sabemos que são muitos os levantamentos que têm que ser feitos, nós já estamos executando alguns, já deveríamos ter executado em outros locais, mas as chuvas estão complicando um pouco. Mas baixando agora o período da chuva e começando a estiagem vamos resolver o problema lá, se Deus permitir", explicou.
Na quarta-feira (8), a Prefeitura de Barreirinhas colocou motor-bomba em algumas ruas da cidade para tentar amenizar a situação, 150 famílias saíram de suas casas.
Na zona rural, 300 famílias foram afetadas por causa das inundações e não saíram de suas casas. Os acessos à zona rural de Barreirinhas também estão comprometidos
Nas redes sociais, o governador do Maranhão, Carlos brandão, informou que, neste momento, nenhuma cidade do Maranhão está coberta por águas, conforme a Coordenação de Proteção e Defesa Civil e que todas as famílias que estavam desabrigadas já retornaram para suas casas.
"Temos 30 municípios em situação de emergência, em que a própria gestão municipal consegue atuar, e os decretos municipais têm período de seis meses de duração; apenas um município decretou estado de calamidade pública, Santa Inês, em razão de uma rodovia federal ter sido cortada. A cidade recebeu todo apoio do governo federal e do nosso Governo do Maranhão", informou o governador.
O Maranhão está com 30 cidades em situação de emergência por causa das fortes chuvas, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA). Ainda de acordo com a Defesa Civil estadual, até o momento, somente o município de Santa Inês decretou estado de calamidade pública. Ao todo, 1.031 famílias estão desabrigadas e 2.909 desalojadas no Maranhão.
Ainda de acordo com a Defesa Civil estadual, até o momento, somente o município de Santa Inês decretou estado de calamidade pública. Ao todo, 1.031 famílias estão desabrigadas e 2.909 desalojadas no Maranhão.
Para decretação da situação de emergência, o comprometimento é parcial, a crise é menos grave e ainda não afetou a população. No estado de calamidade, o comprometimento é substancial, sendo a crise mais grave e já com efeitos sobre os cidadãos.
A Defesa Civil do Maranhão orienta que, em situações de chuvas intensas, a população mantenha distância segura de trechos afetados e/ou em que o solo esteja encharcado, o que aumenta o risco de desmoronamentos ou deslizamentos.
A Defesa Civil também alerta que ao verificar riscos de alagamentos na cidade, deve-se procurar as autoridades de defesa como Corpo de Bombeiros e a própria Defesa Civil, por meio dos telefones 193 e 199, informando quais são as áreas afetadas pelas cheias. Além disso, a Defesa Civil recomenda que: