O historiador e pesquisador maranhense Fabrício Pereira relembrou a trajetória de uma das figuras mais emblemáticas da história política e social do Maranhão: a médica Maria Aragão. Em suas redes sociais, Fabrício destacou a relevância da militante como símbolo de resistência, justiça social e defesa dos direitos humanos, sobretudo no campo da luta das mulheres e dos trabalhadores.
“Maria Aragão foi uma mulher à frente do seu tempo. Médica, comunista, ativista e incansável defensora da igualdade. Sua vida foi marcada pela coragem e determinação em enfrentar as injustiças de uma época em que mulheres como ela precisavam romper muitas barreiras para serem ouvidas”, destacou o pesquisador.
Nascida em São Luís, Maria do Carmo de Araújo Aragão formou-se em Medicina e logo usou sua profissão como instrumento de luta social. Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), enfrentou perseguições políticas durante o período da ditadura militar, sendo presa por suas convicções e engajamento.
Sua história está registrada em pesquisas como a de Marcelo Fontinelle Silva, autor da dissertação A Besta-Fera Vai ao Paraíso: uma análise da construção da memória e identidade pública da médica e comunista maranhense Maria Aragão (UFMA, 2017), que analisa como sua figura foi construída e perpetuada na memória coletiva.
Maria Aragão morreu em 1991, mas seu legado segue presente em nomes de praças, instituições e na luta por uma sociedade mais justa. “Que a sua história continue a inspirar gerações a transformarem o mundo com empatia e ação”, finalizou Fabrício.
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