Quem caminha pelas ruas do Centro Histórico de São Luís já deve ter reparado nas pequenas colunas de pedra instaladas nas quinas de casarões antigos. Conhecidas popularmente como “cabeças de frades” ou “frades de pedra”, essas estruturas chamam atenção pela aparência peculiar e, segundo o historiador e pesquisador maranhense Fabrício Pereira, carregam uma rica história.
Inspiradas na arquitetura portuguesa, as “cabeças de frades” surgiram como elementos utilitários e arquitetônicos. “Essas colunas eram instaladas para proteger os cantos dos casarões dos choques com carroças e outros veículos que circulavam nas ruas estreitas da cidade”, explica o historiador.
Além da função protetiva, algumas dessas peças também eram encontradas na entrada de instituições religiosas e asilos que recebiam pessoas fugitivas ou marginalizadas, reforçando um simbolismo de abrigo e proteção.
Com o tempo, os frades de pedra se tornaram parte do cenário urbano e hoje são considerados patrimônio cultural da cidade, compondo o charme histórico que faz de São Luís um dos centros coloniais mais importantes do Brasil.
“É uma solução simples e cheia de estilo que resistiu ao tempo. Hoje, essas colunas fazem parte da memória viva da cidade”, afirma Fabrício Pereira.
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