Celebrado no terceiro sábado de setembro, o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea reforça a importância dos doadores que levam esperança aos pacientes, e aguardam um transplante. Neste ano, a data será comemorada nesta segunda-feira (16), ocasião em que o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar) realizará a 2ª Videoconferência da Hemorrede sobre cadastro de doadores de medula óssea, com a participação de representantes dos hemonúcleos instalados no estado.
A programação inclui uma palestra com o diretor clínico da unidade, Ademar Moraes, com o tema “A importância do Cadastro de Doadores de Medula Óssea”. Em seguida, ocorrerá o treinamento “O passo a passo para realização do Cadastro de Medula Óssea”, que será ministrado pela coordenadora da Captação de Doadores de Sangue e Medula Óssea do Hemomar, Misleny Silva.
Serão abordados ainda os critérios para doação, quem pode doar, como é realizada a doação de medula óssea, riscos, quanto tempo a medula óssea leva para se recompor e como os pacientes a recebem. Também será destacada a importância do incentivo ao cadastro de doadores, entre outros.
“É um ato de extremo amor e compromisso social para com todos nós, visto que a medula óssea é a fábrica de sangue, onde todo nosso sangue é produzido. O transplante de medula óssea é a única oportunidade de cura para diversas doenças, então é por isso que é extremamente válido e importante ter um banco de dados rico de doadores, ainda mais no nosso país, que é tão miscigenado, pois nosso material genético é muito diferente de um para o outro. Hoje, para encontrarmos um doador compatível a taxa é de 1 a cada 100 mil, por isso quanto maior o banco de doadores melhor para toda a população”, pontuou o diretor clínico do Hemomar, o médico hematologista Ademar Moraes.
A doação de medula óssea pode ajudar pacientes que precisam de transplante, e é vista como única chance de cura para doenças de sangue, como leucemia, linfomas, alguns tipos de anemia, doenças imunes e diversas síndromes.
A doação pode ser feita na unidade do Hemomar em São Luís ou em qualquer hemonúcleo localizado no interior do Maranhão. Para doar, a pessoa tem que ter entre 18 e 35 anos de idade, sendo que o doador permanece no cadastro até 60 anos, idade limite para realizar a doação; documento de identificação oficial com foto; estar em bom estado geral de saúde e não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea.
Sobre a doação de medula
O doador deve procurar as unidades, munidas com um documento oficial com foto, e é feito um cadastro no Redome, que é o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea, órgão de registro nacional, que organiza todos esses dados da medula. Então, é coletado um tubo pequeno de sangue, em torno de 5 ml do material, e é feito todo o cadastro genético no sistema. Caso seja compatível com alguém de qualquer lugar do mundo, é realizada a convocação para ampliar esses exames genéticos e efetuar a doação propriamente dita.
“Essa doação de medula óssea é extremamente importante. Existiam muitos mitos e tabus, mas atualmente nós temos como preferencial fonte para coletar essa medula óssea o próprio braço mesmo. É muito tranquilo o procedimento, e em torno de duas semanas essa medula que é doada está toda recuperada”, acrescentou o médico Ademar Moraes.
Ainda segundo o diretor clínico do Hemomar, o Estado tem avançado nas campanhas de conscientização junto à população sobre a importância da doação da medula óssea, e com isso o estado tem alcançado bons resultados. “Estimo que, hoje, tenhamos uma taxa que pode variar de 80 até 100 cadastros de doadores de medula óssea por mês. No interior, temos uma taxa menor e estamos trabalhando para melhorar”, finalizou Ademar Moraes.
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